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Anete se reúne com Beloto para debater crise hídrica em Araras


A vereadora Anete Monteiro dos Santos Casagrande (PSDB) participou na tarde de hoje, terça-feira, dia 20, de uma reunião com o presidente interino do Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Araras (SAEMA) Felipe Dezotti Beloto para debater e buscar informações sobre a crise hídrica no município.

Durante a reunião o presidente pode explicar detalhadamente para a vereadora todas as ações de curto, médio e longo prazo para conter a falta de água em Araras.

“A situação não é nada confortável e temos que fazer a nossa parte na economia e na conscientização contra o abuso na utilização desse recurso essencial em nossas vidas que é a água”, destaca Anete.

 

Perguntas:

 

Anete Casagrande: Qual o caixa do Saema hoje?

 

Felipe Beloto: O Saema possui uma reserva hoje de R$ 14 milhões e mais R$ 6 milhões do Fundo soberano de investimentos.

 

AC: Quanto será investido nessas medidas de curto, médio e longo prazo?

 

FB: Os R$ 20 milhões que temos disponíveis serão empregados nas ações de curto, médio e longo prazo para amenizar a crise hídrica para a população de Araras.

 

AC: Quanto o Saema arrecada mensalmente dos mais de 43 mil clientes?

 

FB: Cerca de R$ 2,5 milhões, os quais retornam em manutenção e investimentos para a rede de água e esgoto do município.

 

AC: O racionamento continua 12X36h?

 

FB: O racionamento em 12X36h continua, ao menos até o final do mês de fevereiro. Faremos novos estudos, vamos propor novas medidas de captação e veremos se há a possibilidade de alterações no sistema de racionamento implantado pelo Saema.

 

AC: Como está sendo feito os estudos para incluir o Centro no racionamento?

 

FB: Os funcionários do Saema estão fazendo testes na rede hidráulica do centro, vasculhando pontos que possuem registros, mapeando possíveis pontos críticos, fazendo reparos na rede mais antiga, vigorando o racionamento para os moradores e comerciantes da região central também.

 

AC: Há diversas reclamações de munícipes de que a água está chegando em suas residências quatro horas a mais do que o combinado. O que está sendo feito, por parte do Saema, para resolver esse problema?

 

FB: Realmente tivemos uma série de reclamações sobre a demora no retorno do abastecimento na antiga setorização que fizemos para o racionamento. Após estudos e apuração propusemos uma nova setorização para o racionamento, dividindo em áreas altas e áreas baixas da cidade. Antes registrávamos cerca de 500 reclamações por dia e, com a mudança dos setores, passamos para menos da metade. Esse problema ainda persiste, mas com menor incidência e estamos checando outras formas para que a água chegue no horário combinado.

 

AC: Quantos funcionários estão responsáveis pela fiscalização?

FB: Hoje o Saema conta com duas equipes, composta por dois funcionários cada.

 

AC: Como está sendo feita essa fiscalização?

 

FB: Nenhuma denúncia que chega até nós fica sem ser apurada. Por mais que as equipes sejam pequenas, todas as ocorrências são verificadas, mesmo após a denúncia. Se a equipe comprovar o mau uso da água o morador será multado.

 

AC: Quantas autuações o Saema já fez desde o início desse trabalho?

 

FB: Nós fizemos em torno de 1500 autuações desde o início.

 

AC: Quantos funcionários estão responsáveis por esse trabalho de atendimento de 0800?

 

FB: Atualmente seis funcionários são responsáveis por esse serviço, sendo quatro durante o dia e dois durante a noite, disponível por 24h.

 

AC: Após as informações recebidas pelo 0800, quanto tempo se leva para averiguar?

 

FB: As informações sobre vazamentos no momento em que chegam são passadas para as equipes externas do Saema para realizar de imediato o reparo, já as denúncias de mau uso da água são abertos processos internos, os quais são repassados para as equipes de fiscalização averiguarem se há ou não o abuso.

 

AC: Com a redução do mínimo de consumo de 18 mil litros para dez mil litros, o preço cobrado continuará o mesmo?

 

FB: Vamos abaixar sim o custo do mínimo para os munícipes que gastarem até dez mil litros de água por mês. Hoje, do mínimo de 18 mil litros o Saema cobra R$ 27,93 e para o novo mínimo temos a proposta, ainda não definida, de cobrarmos cerca de R$ 20 mensais.

 

AC: O Saema dará um desconto em conta para aqueles consumirem abaixo de cinco mil litros por mês. De quantos % é esse desconto?

 

FB: Esse desconto será de 50 % no valor total da conta do munícipe.

 

AC: Qual é a previsão de início das obras de desassoreamento da barragem Hermínio Ometto?

 

FB: Nós licitamos a obra faz 8 dias e no máximo em 15 dias já vamos começar o desassoreamento da Hermínio Ometto.

 

AC: Quanto a mais no abastecimento poderíamos ter após essas obras concluídas? Qual é a estimativa em m³?

FB: Vamos contar com um volume de mais de 20% após o termino das obras, totalizando um valor aproximado de 500 m³ de água.

 

AC: O Rio Mogi Guaçu tem a capacidade de aguentar um aumento de captação?

 

FB: Temos a capacidade de captar 470 litros/segundo, mas vamos trabalhar em uma margem de segurança de 340 l/s, representando uma captação de 29 mil m³ por dia. Com essa captação vamos iniciar os planos de abastecer a cidade somente pelo Rio Mogi Guaçu e deixar as nossas represas em “stand by” para a época mais crítica de seca.

 

AC: Qual será o custo de implantação dos oito poços artesianos para abastecimento de prédios públicos e microrregiões de abastecimento?

 

FB: O custo unitário de cada um desses poços é de R$200 mil, totalizando um investimento inicial de R$1,6 milhão.

 

AC: Quando começarão a ser construídos?

 

FB: O processo de licitação abre ainda nessa semana e nos próximos dias começaremos as implantações desses poços em pontos estratégicos da cidade.

 

AC: No plano de metas divulgado pelo Saema, uma das medidas que vão ser tomadas a curto prazo é a captação de água dos ribeirões que cortam a área urbana. Qual é a condição dessas águas?

 

FB: Estamos realizando estudos e análises em vários pontos dos Ribeirões para avaliar se é possível ou não utilizarmos essas águas para o abastecimento das represas e para o fornecimento para a população. Acreditamos que essa medida se tornará viável e a utilizaremos em breve.

 

Com informações da assessoria da vereadora Anete Monteiro dos Santos Csagrande (PSDB)


Publicado em: 21 de janeiro de 2015

Publicado por: Imprensa

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Categoria: Notícias da Câmara

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